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Rituais de Beleza

por Dra. Rita Belo Alves

Rituais de Beleza

por Dra. Rita Belo Alves

Burguers de Feijão Preto e Feta

09.08.22

hamburguer

 

A primeira receita que te trago, é a adaptação de uma das minhas refeições preferidas. Adoro burguers! Aliás, gosto imenso de tudo o que são comidas consideradas fast food e das melhores coisas que as pesquisas que faço me têm oferecido, é a noção que todas estas refeições podem ser consumidas de forma mais saudável e segundo os princípios de uma alimentação anti-inflamatória.

Por este motivo, as primeiras receitas que trarei, serão para te satisfazer também esse desejo pelas “comidas proibidas”.

As minhas adaptações têm sempre como base as minhas escolhas, às quais adapto as receitas, aconselho-te a que faças o mesmo. Procura sempre alternativas dentro das tuas opções e, se não correr bem à primeira, certamente correrá melhor depois!

Estes, prometem ser os melhores burguers de feijão preto e são adaptados do site Sally's Baking Addiction.

Sem mais demoras, cá vai ...e bom apetite!

 

Burguers de feijão preto e feta

- 1 lata de feijão preto (ou duas pequenas) passado por água e seco no forno

- 1 colher de sopa de azeite

- 1/2 pimento vermelho picado

- 1 cebola média picada

- 1 alho francês picado

- 2 dentes de alho picados

- 1 colher de chá de cominhos em pó

- 1/4 de pimentão em pó fumado

- 1/2 cup de pão ralado sem glúten

- 2/3 a 1 bloco de feta (usei @violife)

- 1 colher sopa de Tahini

- 2 ovos de galinhas felizes

- sal e pimenta a gosto

 

Aquecer o forno a 150º, espalhar o feijão num tabuleiro de ir ao forno (coberto com tapete ou papel vegetal) e deixar secar por cerca de 15 min.

Saltear os legumes durante uns 5/6 min, até ficarem tenros e juntar as especiarias.

Colocar todos os ingredientes uma tigela ou robot de cozinha e misturar. Juntar o feijão amassado com um garfo (para que fique com pedaços).

Acertei a consistência com farinha de grão de bico.

Formar os Burguers e cozinhar na frigideira com um fio de azeite ou no forno, alinhados sobre um tapete ou papel vegetal (a 200º, 10 min de cada lado). Também podem ser assados num grelhador.

 

Por Cristina Alves.

Autora: Rita Alves

09.08.22

Rita

O meu nome é Rita Belo Alves e sou Farmacêutica e Coach de Saúde e Nutrição Integrativa.

Durante a maior parte da minha vida debati-me com problemas digestivos e uma relação complicada com a comida e com o meu corpo. Passei várias vezes ao lado da depressão. Andei constantemente à procura da melhor dieta para emagrecer e perder barriga, mas ao mesmo tempo a refugiar-me no prazer de comer quando precisava de apoio emocional. Na adolescência, quando o período teimava em não aparecer, fiz uma série de exames e fui diagnosticada com Síndrome dos Ovários Poliquísticos (SOP) e medicada com a pílula para “adormecer” esta doença hormonal e metabólica, visto que não tem cura. Foi quando decidi engravidar e parar de tomar a pílula que esses sintomas “adormecidos” emergiram e vi-me novamente sem menstruação e a lutar contra a infertilidade, acne, queda de cabelo, e ainda maior acumulação de gordura abdominal, além de um risco aumentado de Diabetes, Doenças cardiovasculares, Depressão e Distúrbios alimentares. Percebi então que estava a somatizar no meu corpo todo o sofrimento, traumas, medos e inseguranças acumulados, e que tudo está ligado: corpo, emoções, mente e alma. E quis aprofundar esta visão holística da saúde que já me suscitava interesse há muitos anos, tanto para reequilibrar a minha como para ajudar os outros.

Nada acontece por acaso, e todos os desafios são oportunidades para nos realinharmos com o caminho da nossa alma! Depois do abalo inicial, finalmente aceitei e iniciei o meu processo de cura. Se não fosse o desafio desta doença provavelmente não teria tido coragem de sair do negócio de família, a zona de conforto que me mantinha financeiramente segura mas em constante ansiedade e assoberbada. Apesar de gostar daquilo que fazia em farmácia, sempre senti necessidade de algo mais profundo! Obrigada SOP, pelo empurrão que eu precisava para este “salto de fé” na incerteza que vem com o desenvolvimento uma carreira própria, mas com a certeza de que me faz sentir realizada, feliz e entusiasmada por acordar todos os dias! Que a vida merece ser vivida!

Este foi também o início da transformação que eu já pretendia fazer há muito tempo: ter um estilo de vida mais natural e “limpo” pelo impacto ambiental, e agora também na minha saúde e nas probabilidades de engravidar. Comecei por alterar a alimentação, depois os cosméticos, dentífricos, detergentes da roupa e da casa – de forma reduzir ao máximo a exposição a produtos tóxicos e disruptores endócrinos (químicos que interferem com o sistema hormonal) - e incorporei novas rotinas de exercício físico e práticas de relaxamento e mindfulness adicionais no meu dia-a-dia. Através destas mudanças sarei a minha relação comigo própria e com a comida, o meu sistema sigestivo e ansiedade, e comecei a sentir-me mais alinhada com os meus valores e a viver uma vida mais leve e alegre. Claro que nada disto ocorreu da noite para o dia, e continuo a fazer progressos dia após dia.

Mas a saúde é isso mesmo: um progresso, não a perfeição. Uma jornada, não um destino.

 

Como sempre senti um chamamento para cuidar e curar “ao natural” a mim e aos outros,  ao longo dos 10 anos que trabalhei em Farmácia dediquei-me a aprofundar conhecimentos sobre suplementação natural, óleos essenciais e dermocosmética, e pude ajudar pessoas a aliviarem os seus problemas de saúde e a equilibrarem as suas peles evitando o recurso à medicação, ajudando a reduzi-la ou complementando-a. Agora, com o curso de Nutrição Integrativa e Health Coach pelo Institute for Integrative Nutrition (IIN), compreendi que a alimentação é mais do que aquilo que comemos, é também a forma como nutrimos a nossa vida. E complementa o resto, porque mais uma vez, tudo está ligado!

 

Agora a minha missão de vida é ajudar outras mulheres na sua transformação para uma vida mais saudável, equilibrada e alinhada consigo próprias, com as suas prioridades e os seus valores. 

Quero inspirar todas as mulheres a cuidarem e nutrirem a sua vida e o seu corpo com o que é certo para si, para que se sintam felizes na sua própria pele e saudáveis de forma natural.

 

Adorava conhecer-te e apoiar-te nesta tua tua jornada. Queres vir comigo? :)

Autora Convidada: Cristina Alves

09.08.22

Cristina

Sou a Cristina, alentejana mãe de três Ms (duas gaiatas e uma Mia), casada com o melhor marido do mundo, sou aquela que @queriaseramélia, Técnica Superior numa Residência Sénior e dona de um corpo que grita por ajuda há muitos anos. Contudo, dou muito valor à “boa vida”gosto de laurear, ler, fotografar, cozinhar e comer ...o que faz de mim a pessoa perfeita para esta colaboração (pelo menos, assim espero).
 
A mais velha (com 13) foi diagnosticada com Doença Celíaca há 10 anos, a pequena (com 4) é um desafio à mesa, com grande resistência a texturas e cores de alimentos e eu a realizar exames para diagnosticar doença autoimune (provavelmente, Artrite Reumatoide), resulta, como devem calcular, numa festa na cozinha. Bem vistas as coisas, só o meu marido não tem “esquisitices” e vai embalado no que é melhor para todos. Pesquisar, adaptar e substituir são já os nossos nomes do meio e, vamos lá admitir, são bem cools.
 
Sempre gostei de um bom prato com garfinhos à volta, em pequena já pedia “pitíco” ao meu pai e detesto dietas pesadas e contadas. Mas a vida pregou-me a primeira partida à mesa quando a minha filha mais velha foi diagnosticada com Doença Celíaca. Na época, com a ajuda da minha mãe, ainda sem a variedade de produtos que hoje encontramos em qualquer supermercado, vi-me obrigada a puxar pela criatividade e tentar substituir tudo para que nada lhe faltasse. Desde então, e já lá vão 10 anos, não voltámos a consumir glúten em casa.
 
A mais nova, que era um óptimo garfo, começou a manifestar cada vez menos interesse por alimentos de cores intensas e de texturas marcantes, até atingir a sua aversão. Andamos há dois anos a ensiná-la a comer o arco-íris e vejam bem a nossa alegria: esta semana provou melancia!!! …provou!!! ...melancia!! …aos 4 anos!!!
 
Quanto a mim, este foi o ano em decidi não sofrer mais dores, não envelhecer tão depressa, manter-me viva e desperta e se possível rejuvenescer! Estou em processo de descoberta e cura. Sei que terei uma doença autoimune e embora tudo aponte para Artrite Reumatoide, ainda não temos a certeza, por isso os exames continuam. Mas foi logo, na primeira consulta, que fui aconselhada pelo meu médico de família a iniciar uma “dieta anti-inflamatória” – mais uma dieta, pensei, embora resignada e até direi com algum entusiasmo. Mas foi com a Rita que percebi a sua importância e acima de tudo que não se trata de uma dieta, mas sim um tipo de alimentação. Não se trata de cortar e medir. É uma alimentação que pressupõe um estilo de vida diferente, uma mudança holística, um contributo para o que atrás menciono e pretendo alcançar. Opto agora por uma alimentação mais digna, menos tóxica, mais rica
nutricionalmente e plant based. Uma alimentação que me traga mais saúde e alegria. Mas para vos transmitir esse conhecimento, temos a Rita, que será a pessoa mais indicada para esse fim.
 
Mantendo o mesmo pressuposto (e porque não sou rapariga para deixar de comer), defendo a pesquisa e criatividade na cozinha, para continuar a substituir por mais saudável, mais colorido e também mais bonito.
 
A Rita, já conheço há muitos anos. Será clichê (mas também verdade) que a conheço desde que nasceu e nem fazem ideia do caminho (académico, mas sobretudo interior) que percorreu para aqui chegar. A Rita tem uma personalidade bonita e é extremamente empenhada naquilo a que se propõe. Sei, por isto, que se aqui estão, estarão no sítio certo!
 
Eu vim apenas a convite da anfitriã, porque a vida é composta como uma cadeia de opções, actos e possibilidades ou uma casa cheia de portas e janelas, que ora fecham e/ou abrem. Assim, aqui me encontro nesta colaboração bonita, para apresentar as receitas que vou testando, com as devidas adaptações.
 
Devo partilhar aqui também que, na minha alimentação, optei por evitar quase todos os produtos de origem animal, exceptuando alguns provenientes de animais felizes. Contudo, porque não gosto de dietas medidas e cortadas a régua e esquadro, gosto de sentir a minha alimentação como um oceano fluído que me permite apanhar uma ou outra onda, menos de acordo com a alimentação anti-inflamatória, mas que me traga algum conforto ou alegria em
determinado momento. Posso, contudo e felizmente, partilhar que, na hora H, as minhas opções já são naturalmente mais tendenciosas para esta alimentação. Chamo-vos, portanto, a atenção que todas as receitas são adaptáveis às vossas escolhas.
 
Procuro refeições simples, com receitas fáceis e rápidas e que acima de tudo me apaziguem a vontade daquelas refeições a que habituámos o corpo a pedir.